Textos

- Cynthia -



Marte, 22 de fevereiro de 2010.


Oi, travesseiro

Estou escrevendo para você porque nem tudo está bem. Desde o dia que nos separamos - pois me entreguei àquele sonho lindo - sinto falta de deitar minha cabeça em tuas plumas e contar-te todas as minhas dores. Estive fantasiando várias coisas em minha mente. Sentia-me bem, como se cada vez que eu abrisse os olhos eu estivesse pisando em uma nuvem. Viajando em outra atmosfera. Descobrindo o quanto é lindo amar. Mas aí é que está. Pensei que tudo iria ser para sempre maravilhoso. Como nos contos de fadas. Confesso a você que tive vontade de terminar isso como Romeu e Julieta. Porém, não queria um fim dramático, pois nem tudo foi tão igual.
Não sei mais o que faço da minha vida. Todos os dias eu acordo e tenho que conviver com a visão de que meu amor tem outra. Às vezes tenho vontade de “dar o troco”, “pagar na mesma moeda”. Mas eu simplesmente não consigo. Queria muito poder contar com a sua ajuda, meu amigo. Chorar em tuas plumas e gritar que eu ainda a amo no abafar de meus gritos. Sei que isso não é possível, porque estou em outro planeta, e você no meu quarto. Arrependo-me amargamente por não ter trazido você, meu travesseiro.
Vou esperar os dias passarem para que eu possa esquecê-la e voltar para você, para meu mundo de verdade. E só assim, talvez, eu possa ser feliz. Quero muito te contar todos os momentos bons e apagar de vez os ruins. E te prometo: nunca mais irei me magoar assim. Isso eu juro!


Sua amiga que o ama
Cynthia

LIMA, Cynthia. Um mundo para conhecer.




Viagem para um mundo melhor

Abriu os olhos e não conseguiu acreditar no que via. Júlio estava em um lugar mágico e perfeito, com árvores de todos os tons e frutos magníficos. Gramíneas de um tom verde irrevogável e mais ao fundo uma casa antiga que parecia lembrá-lo uma fazenda. Júlio tinha quinze anos e sempre foi um garoto alegre e sonhador. Desde novo era apaixonado pela natureza, e seus lugares favoritos sempre foram os que envolviam esse tipo de cenário.
Júlio não sabia por onde ir. Por todos os lados que olhava, via um brilho e uma beleza de fascínio singular. Mas por dentro ele sentia uma sensação que não podia explicar. Estava em um mundo rodeado de problemas. Com a ação do homem, a natureza e os recursos naturais estavam cada vez mais escassos. Sentia que precisava ajudar e mudar essa situação. Não sabia por onde começar, mas teve que agir.
Foi caminhando devagar, por entre as árvores, até que chegou à casa que de longe avistara. No alto estava uma placa, que dizia: “É com as pequenas ações de cada um, que vamos conseguir mudar o mundo.” Era mesmo um lugar magnífico. Encontrou pela porta duas crianças que mais pareciam dois anjinhos brincando por ali. Foi recebido por eles e logo em seguida apareceu Tony – um homem que dedicou sua vida inteira àquele lugar.
Ele convidou Júlio para entrar e Tony explicou que sempre foi uma pessoa que pensava em ter um mundo melhor. Mas com os tempos atuais, toda essa situação se agravara. Era um mundo de poluição, desmatamento e irresponsabilidade de muitas pessoas. Entretanto, Tony criou um lugar onde pudera viver saudável, feliz e com a certeza de que seu dever estava sendo cumprido.
E depois de uma longa conversa, Tony levou Júlio para conhecer melhor o lugar. Ali, a natureza era preservada de uma forma jamais vista. As plantas, os animais e a água pura e cristalina demonstravam sinais de gratidão. Era um verdadeiro paraíso.
Júlio sentiu dentro de si que tudo se passava muito rápido e de repente ele se viu entre quatro paredes. Era sonho e ele não pôde acreditar. Tudo passava tão nitidamente que ele não conseguiu entender.
Mas, apesar de tudo, ele guardou dentro de si uma mensagem, que levaria consigo para sempre; “buscar um mundo melhor não é impossível, é apenas um grande desafio”!



Nota: retirado do COC Educação

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